Passageiro

“Vai se acostumar com a minha mão na sua.”
“Sei que está com vergonha de te verem comigo.”


Mas sequer houve tempo
para que meus dedos finos se adaptassem aos teus.

P a s s o u.

Sequer houve tempo
para que ao tempo se pudesse contar.

Essa breve poesia torta durou mais
que o teu bem querer no meu coração.

Quanto à pergunta que outrora me fez,
eis uma resposta melhor que um “talvez”:
Poderia ter dado certo.




Obs. Poesia escrita em agosto de 2015, inspirada em A.S., dedicada ao mesmo, pois foram dias divertidos que deixaram boas memórias.




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