Da pedra os bosques brotam
Em uniforme desordem.
A cada esquina as cores esgotam.
E os versos correm,
O asfalto é torto
Faz do poema quase morto,
E os versos escorrem.
Não são pedras no caminho,
Tampouco ovos de passarinho.
Gigantes crateras de carbono
Perduram desde o último outono.
E correm os versos
Descrevem mil universos.
E caem letras pela estrada
Sumindo em poeira dourada.
O pó às palavras devora,
Ao poema o mundo ignora.
Sobrassem as ideias da viagem
Não fosse tão grotesca paisagem.
Da corrupta cidade poluída
Resta-me das rimas a pobreza
Ao percorrer outra avenida.
Fonte da imagem: http://www.deviantart.com/art/the-city-lights-152148064
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Cronologia,
Poesias