Faz algum tempo que diante de outra escrivaninha, com planos de futuro ainda incertos, percebi “escritora eu posso ser”. E depois de tantas idéias absurdas anunciei “é isso que quero ser quando crescer!”, e coloquei no papel o que carregava na mente da criança que talvez eu continue a ser. Mal sabia então que já era o que sempre quis ser.

Já carregava em mim um amor sempre crescente pelas palavras, uma paixão pelo que nunca vi e criava as primeiras memórias de momentos que jamais vivi. Desde então me apaixonei por pessoas inexistentes e também, confesso, já matei. E vi enredos de desenrolarem do final para o começo e mesmo assim me impressionei.

E toda vez que vejo as estrelas, ou quando vejo a pequena imensidão do mar não deixo de me impressionar, toda vez que escuto o silêncio ele me faz pensar. Continuo a encontrar músicas que combinam perfeitamente com alguém que nunca conheci, e continuo me perder entre minha própria alma e a de meus personagens. Continuo a buscar um final (ou um começo) apropriado para o livro que ainda não escrevi.

Pois agora tenho pra mim que a gente não decide, de repente, ser médico, cantor, cientista ou professor. A gente cresce, aprende, aprimora. E ainda que mal percebendo, a gente é o que sempre foi.



Obs. Parabéns a todos, amadores ou não!

Fonte da imagem: http://25kartinok.deviantart.com/art/Dragon-Writer-276492375



Categories: ,

One Response so far.

  1. Rai says:

    Que lindo, Hericatz *-* Adorei *-*

    <3<3<3

    Parabéns pra você também, sua linda <3

Comente!