Agora paro e pergunto: Por quê?

Por que, quase sem discordar, aprendemos a aceitar? Por que de repente todos resolvem que precisam crescer ao menos um pouco? E então a ciência e a tecnologia são tudo no mundo. O que valem os sentimentos afinal?

De repente o que não era tão legal virou interessante. E o resto da vida é detalhe, é só o resto. O que era comum ficou estranho. E o esquisito é normal. Como é confuso crescer e ainda mais complexo amadurecer.

Não há mais tempo.

Afinal, o que é crescer? É fingir ser simpático? É sorrir querendo chorar? É ser indiferente querendo gritar (de alegria ou tristeza)? É impor limite aos próprios sonhos?

Por que tentamos resolver problemas que não existem? O problema não é a forma ou a fórmula do sistema, é apenas o sistema. O problema é sermos humanos, é pensar que pensamos.

Não questione.

Não há problema na ciência, nos códigos ou nas linguagens. Ou talvez haja, mas não é este o problema em questão.

Estude, cresça, seja independente. Tenha dinheiro. Tenha poder.

Por quê? Os dados não permitem sonhar. Os gráficos indicam a maldade do mundo (de leste a oeste), a crueldade dos números e das opiniões. Contra provas não há como lutar. Contra o conhecimento abandonado não há armas que se possa usar.

Apenas sorria.

Não é permitido crescer e viver.

Jogando num mundo de verdades controversas. Ou apenas sobrevivendo. De imperfeições evidentes e maldades mal mascaradas. Somos obrigados a sorrir sem felicidade. Fingir que tudo que nos gritam é a única verdade, e fingir que não gritam.

Não há tempo. Aceite.

Não encontro o caminho de volta neste labirinto de ilusões paradoxais. Neste labirinto de escolhas pré-decididas.

Por quê?

As respostas podem ser simples, mas ninguém quer saber.

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